Certa ocasião um executivo de uma multinacional me perguntou:
– O que você achou do que eu acabei de falar na abertura do evento?
Respondi a ele fazendo outra pergunta:
– O que VOCÊ achou do que falou? E, por que me faz essa pergunta?
Ele ouviu atentamente meus questionamentos, ficou surpreso, porque sempre as pessoas sentem a necessidade de falar o que achou disso ou daquilo e defender o ponto de vista. Ele refletiu por mais alguns segundos e em seguida expressou seu conflito interno dizendo:
– Fui pego de surpresa para falar, e acho que falei demais e o que não era necessário. O que eu queria ter dito era…, e comentou o que queria efetivamente ter dito.
Ao término da explicação, eu novamente o questionei?
– Se você fez essa leitura do momento que acabou de viver, “por que” se preocupa em me perguntar sobre o que achei do que ouvi? Continuei a estimular a reflexão valorizando a experiência dele ter vivido aquele momento, e tão intensamente que ao término foi muito nobre em se questionar se poderia ter feito melhor. Essa atitude o bonifica verdadeiramente para ser um executivo muito melhor do que era antes da experiência.
As verdades estão dentro de nós! Se você fez de um jeito X mas aprendeu com a vivência, esse é o ganho, não há certo ou errado e sim o que aprendeu para não mais repetir a cena da mesma forma.
Afirmo isso não só pelas literaturas acadêmicas fundamentadas no filósofo KANT, um dos mais expressivos pensadores da Era Moderna, que nos leva a refletir sobre o racionalismo e o empirismo, mas pelos aprendizados que pude viver ao longo da minha carreira profissional e vida. O que passou, já passou. É fato!!! Agora, a reflexão é o melhor caminho para sermos cada dia melhores e expulsarmos de nós mesmos os pensamentos opressivos.
O ser humano na grande maioria das vezes, pede opinião de uma outra pessoa para confirmar o que está sentindo, ao invés de refletir sobre o que e o por que estão com este ou aquele sentimento, o que poderia ter sido feito de uma forma melhor.
O respeito à opinião e sobre a atitude do outro, não quer dizer que você concorda ou discorda com o pensamento e posicionamento dele, mas sim, que o respeita e o aceita do jeito que ele é, o que fala e como age.
O verbo respeitar não é um verbo de concordância, mas sim um verbo de ligação, entre o que pensa um ou outro ser humano. O respeitar nos diferencia do animal irracional. Não é porque eu discordo do ponto de vista do outro, que preciso cortar o meu relacionamento com ele, pelo contrário, podemos caminhar juntos. Estaremos mais e melhor preparados se aproveitarmos o momento e construirmos um novo pensamento e será muito mais elaborado do que o inicial.
Pense nisso! Se você concorda ou discorda da reflexão expressa no texto, em qualquer uma das situações, você tem razão! Respeito você e lhe aceito como você é, mesmo sem conhece-lo!
Malu Quaggio
Fundadora e Diretora da Goiabeira RH by Malu